Escritora, historiadora, angelóloga e produtora cultural, Cristiane Framartino Bezerra, atual superintendente da Fundação Instituto do Livro de Ribeirão Preto, deixa seu depoimento ao Projeto Incubadora Cultural. O Instituto do Livro, que tem o objetivo de fomentar a difusão do livro, leitura, estimular a criação literária, é uma importante apoiadora que vem contribuindo (e muito), por intermédio da Prefeitura Municipal, para a viabilização das edições dos livros produzidos para o concurso literário do projeto. Anualmente, para o projeto de Ribeirão Preto é organizado um concurso literário, e a partir de um tema selecionado são reunidos trabalhos com textos, poesias, ilustrações dos jovens estudantes da rede pública e privada de ensino. Como resultado desse concurso, e o apoio de diversos segmentos da sociedade, públicos e privados, é editado um livro que contempla todos os trabalhos dos alunos.
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Tributo a Antônio Diederichsen
Educação brasileira contemporânea: ensino, avaliação e formação de Professores
Por Luiz Carlos Moreno

“O poder e a capacidade de aprender já existem na alma”.
(Platão, A República, livro VII)
Nosso entendimento, dentro da normalidade física e mental, temos a possibilidade de aprender. Resta-nos questionar: queremos?
- A vida já nos ensinou que só querer não basta. Aprendizado é a combinação de sentimento, raciocínio e ação.
- Aquilo que sentimos determina não somente o que pensamos, mas como pensamos.
Como Professores de diversos níveis, até a formação de Professores, ─ e aprendizes que continuamos ─ pudemos aprender alguns caminhos para o aprendizado:
- O que você quer aprender? (Ambição / motivação).
- Você acredita que é capaz? (Otimismo).
- Como os outros podem ajudar-lhe? (Empatia).
- Esse aprendizado está de acordo com seus valores e crenças? (Integridade).
- Qual é o seu estilo de aprendizagem? (Autoconsciência).
O seu aprendizado deve estar conectado com os seus objetivos:
- A T I N G Í V E I S: certifique-se de que é possível.
- E S P E C Í F I C O S: devem ser importantes, não grandes demais.
- M E N S U R Á V E I S: como saber se atingiu?
- R E C U R S OS: o que você precisa?
- T E M P O: quando terá alcançado?
Assim como esses mesmos OBJETIVOS tem de ter conexão profunda com as suas MOTIVAÇÕES:
- São POSITIVOS?
- Conduzirão ao sucesso DESEJADO?
- Estão sob seu CONTROLE?
- Qual EFEITO eles terão?
- Eles lhe farão SEGUIR seus passos no futuro?
Nossas atitudes, costumes e crenças são todos autodidáticos. Não nascemos com eles. São aprendidos…Portanto, podemos assumi-los, administrá-los e direcioná-los. Ou, deixar rolar, aí, não sabemos onde vai…
As bases do nosso aprendizado são:
- Ambição e motivação
- Autoconsciência
- Empatia
- Integridade
- Otimismo
NOSSOS NÍVEIS DE APRENDIZADO:
- AMBIENTE = o “quando” e o “onde”.
- CAPACIDADE = o “como”.
- COMPORTAMENTO = o “quê”.
- CRENÇA = o “porquê”.
- IDENTIDADE = o “quem”.
CONSTATAÇÕES / PROVOCAÇÕES:
1] Alguns alunos não estão interessados no aprendizado.
2] Muitos estudantes não tem metas nem idéia alguma porque estão na situação de aprendizado.
3] O conceito que o estudante tem do professor não é objetivo – é totalmente positivo ou totalmente negativo.
4] Poucos estudantes são objetivos com relação aos seus talentos.
5] Suas capacidades de aprendizagem são variadas.
É o que temos!
O CAMINHO DO APRENDIZADO / DA EDUCAÇÃO CONTINUADA:
- Assume responsabilidade e não culpa.
- Considera o ponto de vista do outro.
- Criativo.
- Curioso.
- Faz perguntas poderosas para si mesmo(a)!
- Flexível.
- Inovador.
- Motiva a si mesmo!
- Pensa com perguntas.
- Sabe o que é necessário fazer e faz.
- Torna-se uma pessoa assertiva!
- Valoriza o não-saber.
“O futuro não é um lugar para onde estamos indo, mas um lugar que estamos criando. Os caminhos para ele não são encontrados, mas criados, a atividade de criá-los muda tanto o feitor quanto seu destino”.
John Schaar (1928 – 2011), futurista
“Existem três tipos de pessoas: as que deixam acontecer, as que fazem acontecer e as que perguntam “o que aconteceu?”
John Richardson Jr (1921 – 2014) Secretário de Estado Adjunto dos Estados Unidos para Assuntos Educacionais e Culturais de 1969 a 1977.
De fato, assumimos esses pensamentos, ensinamentos e aprendizagens. Depois, não muito depois, talvez até simultaneamente, a vida em comunidade, no mundo do trabalho vem nos cobrar tudo isso que aprendemos ou, que deveríamos ter aprendido, chamando então de competência ou domínio. E a vida só nos cobrará.
*LUIZ CARLOS MORENO. Pedagogo. Especialista em Educação. Exerceu a docência e coordenação em cursos superiores e de pós-graduação. 35 anos em empresas de médio e grande porte sempre na área de Desenvolvimento Humano. Tem especialização em Filosofia e Ensino da Filosofia (2012); em Didática do Ensino Superior (2004); em Administração da Educação (2002); em Gestão Estratégica e Qualidade (2005). Membro da Academia Ribeirão-pretana de Educação – ARE., cadeira 17, empossado em dezembro 2007. Presidente no exercício 2010 – 2012; reeleito para a gestão 2012-2014; gestão 2014-2016; gestão 2016-2019.
Este artigo foi apresentado durante a mesa-redonda “Educação brasileira contemporânea: ensino, avaliação e formação de professores”, com as participações de Elaine Assolini, Meire Pedersoli, Luiz Carlos Moreno e Marlene Trivellato. O debate foi promovido durante a programação da 22ª Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto, no auditório Pedro Paulo da Silva (Centro Cultural Palace), no dia 14 de agosto de 2023.
Antônio Diederichsen nasceu em São Paulo, no dia 01 de agosto de 1875, filho de Bernardo Diederichsen e Ana Cândida Rocha Leão Diederichsen. Seu pai era soldado do exército prussiano na primeira guerra entre esse país e a Dinamarca, pelo controle do Ducado de Schleswig. Terminadas as hostilidades, Bernardo decide seguir os passos de vários parentes, inclusive os de uma irmã e emigra para o Brasil. Aqui, trabalha em Santos, Campinas, Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde conhece Ana Cândida, filha de cultivadores de fumo nas fraldas da Mantiqueira, com quem se casa. O casal decide se mudar para São Paulo, onde compra a Fazenda Morumbi − hoje uma das regiões mais valorizadas da capital − para o plantio de chá e uva.